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Brasil aprova Plano Nacional de Economia Circular, Evento UGREEN Rio, O Paradoxo da "Taxa do Sol"
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Brasil aprova Plano Nacional de Economia Circular

Neste ano, o governo federal aprovou oficialmente o Plano Nacional de Economia Circular (Planec). Enquanto muitos profissionais ainda não entenderam o que isso significa, uma elite está se posicionando para capturar uma oportunidade bilionária.
Os números revelam uma realidade surpreendente. Seis em cada dez indústrias brasileiras já adotam práticas de economia circular, segundo sondagem da CNI com 1.708 empresas. Os principais benefícios? Redução de custos, fortalecimento da imagem corporativa e estímulo à inovação.
Mas aqui está o que poucos sabem: a construção civil aparece entre os setores com menores índices de adoção dessas práticas (39% a 42%), enquanto outros setores como biocombustíveis (82%) e equipamentos eletrônicos (81%) já dominam o mercado circular.

Traduzindo: existe uma lacuna gigante na construção civil. Uma prática circular simples como reciclagem de produtos está presente em apenas um terço das empresas. O uso de matéria-prima secundária nos processos produtivos aparece em 30% das empresas.
Isso significa que 70% das empresas ainda não aproveitam matérias-primas que custam uma fração do preço dos materiais novos. Não é apenas sustentabilidade - é estratégia financeira pura.
A CNI lidera o grupo de trabalho responsável por propor um ambiente normativo favorável à circularidade - um dos cinco eixos estruturantes do Planec. Isso não é tendência futura, é realidade presente com apoio governamental oficial.
Enquanto seus concorrentes continuam especificando materiais convencionais com margens apertadas, você pode dominar design circular: transformar "resíduos" em especificações premium, reduzir custos dos clientes e posicionar-se como especialista numa área que tem apoio governamental.

No Workshop de Interiores Sustentáveis, você vai aprender como identificar oportunidades circulares, especificar materiais secundários e apresentar economia circular como diferencial competitivo.
Não seja o último a descobrir o que 60% das indústrias já sabem.
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Opinião
O Paradoxo da "Taxa do Sol" que Ninguém Está Contando

Semana passada, conversando com um arquiteto em São Paulo, ouvi algo que me intrigou: "Filipe, depois dessa taxa do sol, meus clientes acham que energia solar não vale mais a pena. Mas quando faço os cálculos, o retorno está melhor que antes. Não entendo mais nada."
Essa confusão não é coincidência. Ela revela um dos paradoxos mais fascinantes do mercado de sustentabilidade brasileiro atual.
A Narrativa vs. A Realidade
Desde que a Lei 14.300 entrou em vigor, criou-se uma percepção generalizada de que instalar painéis solares "não vale mais a pena". A famosa "taxação do sol" dominou as manchetes e conversas.
Mas os dados contam uma história completamente diferente:
O payback em muitos casos diminuiu em vez de aumentar
O ROI continua batendo 35-45% ao ano
Nunca se instalou tanta energia solar no Brasil
Como isso é possível?
Enquanto todos focavam na "taxa", duas forças poderosas atuaram silenciosamente:
Queda histórica nos preços: Os equipamentos fotovoltaicos despencaram 60% entre 2022 e 2025
Crédito mais barato: A redução da Selic tornou o financiamento mais acessível
O impacto da nova cobrança foi mais que compensado por esses fatores. Em muitos casos, um sistema que tinha payback de 4,7 anos antes da lei passou para 4,0 anos depois dela.
Os Verdadeiros Vencedores
Mas aqui está o que poucos percebem: essa mudança não foi neutra. Ela redistribuiu ganhos de forma muito específica.
As distribuidoras de energia foram as grandes vencedoras - garantiram uma nova fonte de receita por lei. Grandes investidores criaram "fazendas solares" para vender energia por assinatura, operando em uma zona regulatória controversa que está sendo investigada pelo TCU.
Enquanto isso, o consumidor de baixa renda - que deveria ser o beneficiário da "justiça tarifária" - continua com um benefício mais teórico que prático.
O que mudou fundamentalmente foi a natureza da análise. Instalar energia solar deixou de ser uma decisão quase universalmente vantajosa para se tornar um cálculo hiperlocal e multifatorial.
Agora importa:
A estrutura tarifária específica da sua concessionária
Seu perfil de consumo ao longo do dia
As condições locais de financiamento
Sua capacidade de maximizar o autoconsumo
Em São Paulo, o "Fio B" representa 18% da tarifa. No Pará, 50%. Essa diferença sozinha pode determinar se seu projeto vale a pena ou não.
O Que Isso Significa Para Você
Se você é profissional da construção ou sustentabilidade, essa nova realidade cria tanto desafios quanto oportunidades:
Desafio: Seus clientes chegam com a percepção de que "não vale mais a pena"
Oportunidade: Quem souber fazer a análise correta terá uma vantagem competitiva enorme
A energia solar continua sendo um dos investimentos mais rentáveis do Brasil. Mas agora exige sofisticação técnica para calcular e apresentar corretamente.
Em 2029, novas regras entram em vigor baseadas em estudos que ainda estão sendo feitos. A janela de oportunidade atual - com equipamentos baratos e crédito acessível - pode não durar para sempre.
A pergunta não é mais "vale a pena investir em energia solar?". É "você sabe como calcular se vale a pena para cada caso específico?".
Para quem quer dominar essa análise e estruturar projetos sustentáveis com precisão, desenvolvemos uma metodologia completa que já está sendo usada por mais de 200 mil profissionais em 188 países.
Um abraço sustentável,
Filipe Boni,
UGREEN
P.S.: Se este email te fez pensar diferente sobre algum tema, responda e me conte. Adoro receber esses feedbacks e eles sempre inspiram os próximos conteúdos.
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