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Crise Global do Metano, Copenhague e seu funcionamento, Yili Group acelera a liderança global.
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Notícia
Crise Global do Metano: 90% dos alertas de vazamentos seguem ignorados, revela ONU

Créditos: Ella Ivanescu/Unsplash
Apesar de avanços significativos na detecção de emissões de metano, um novo alerta da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) revela um dado alarmante: quase 90% dos alertas de satélites que identificam grandes vazamentos de metano não recebem resposta efetiva por parte de governos ou empresas.
O metano (CH₄), considerado um dos gases de efeito estufa mais potentes, tem 80 vezes mais impacto no aquecimento global do que o dióxido de carbono (CO₂) ao longo de 20 anos. Sua mitigação rápida é apontada por cientistas como uma das ações mais eficazes para desacelerar o aquecimento global nas próximas décadas.
Contudo, a resposta global está longe do necessário. Segundo especialistas, existe hoje uma “crise de responsabilização”: embora as tecnologias de satélite estejam identificando superemissores com precisão inédita, não há obrigação legal de agir sobre os dados coletados.
Global Methane Pledge: promessas sem fiscalização
Lançado em 2021, o Global Methane Pledge (GMP) previa a redução de 30% nas emissões globais de metano até 2030. O acordo conta com mais de 150 países signatários, mas permanece não vinculativo, ou seja, sem metas obrigatórias ou penalidades por inação.
Segundo relatório da UNFCCC, os dados mostram que as concentrações atmosféricas de metano continuam a crescer. Em 2022, foi registrado o quarto maior aumento anual desde 1983.
“Estamos diante de uma desconexão perigosa entre a ciência climática e a ação política”,
Quem está emitindo (e ignorando)
Os principais setores emissores de metano são:
Energia (petróleo, gás e carvão) — responsável por cerca de 40% das emissões;
Agricultura (principalmente pecuária) — entre 25% e 27%;
Resíduos sólidos urbanos e industriais — cerca de 33%.
Apesar de o setor de energia ter o maior potencial de corte rápido barato, ele também é o mais negligente, segundo o levantamento. A falta de regulamentações obrigatórias de detecção e reparo de vazamentos (LDAR) torna a resposta às emissões altamente desigual entre países e empresas.
Financiamento climático: promessas desacopladas da realidade
Mesmo com o aumento do financiamento climático internacional (que finalmente atingiu a meta de US$ 100 bilhões por ano), o estudo aponta que grande parte dos recursos está indo para planejamento e pesquisa, e não para ações diretas de mitigação, como reparo imediato de vazamentos detectados por satélite.
“Sem condicionalidade no uso do financiamento, os países não têm incentivo real para agir sobre os alertas de metano”,
COP30 em Belém: Brasil será palco e protagonista
Com a COP30 marcada para acontecer em Belém, em 2025, o Brasil terá a chance de liderar um novo modelo de governança climática. Especialistas defendem que a conferência precisa aprovar:
Regras internacionais obrigatórias de LDAR até 2060;
Condicionalidade no financiamento climático para garantir respostas aos alertas;
Metas de redução de metano dentro das NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) nos países;
Investimentos massivos em P&D agrícola, com foco em soluções para mitigar as emissões da pecuária.
O que está em jogo?
O metano representa uma das ferramentas mais imediatas para desacelerar o aquecimento global, mas está sendo negligenciado em escala alarmante. O fracasso do GMP e a inação frente aos dados científicos apontam para uma crise de credibilidade da governança ambiental internacional.
Se a COP30 falhar em criar mecanismos de fiscalização real, a janela de oportunidade para cortar emissões críticas até 2030 poderá se fechar definitivamente.
Para profissionais da construção e sustentabilidade:
Se você atua em projetos com foco ambiental, ESG ou eficiência energética, este cenário reforça a urgência de integrar dados e políticas climáticas às suas práticas. A pressão regulatória e de mercado sobre emissões tende a aumentar e a estar à frente é mais do que vantagem competitiva: é necessidade estratégica.
Vídeo
Cidades pensadas para pessoas … ou para carros?
Em Copenhague, o dia começa com um trajeto de bicicleta por ciclovias arborizadas. Parques escondem soluções contra enchentes. Crianças vão a creches públicas de alta qualidade. E a cidade parece construída para o bem-estar.
Nas grandes cidades brasileiras, o mesmo trajeto envolve congestionamentos, insegurança e espaços públicos vazios. A praça vira shopping. O carro, necessidade. O medo, rotina.
Essa diferença não é coincidência, é consequência de escolhas urbanas conscientes, feitas ao longo de décadas.
O que Copenhague entendeu que o Brasil ainda não colocou em prática?
Planejamento urbano, justiça social e sustentabilidade caminham juntos. Mas enquanto metrópoles brasileiras operam num modelo relativo e excludente, Copenhague adotou uma lógica de sustentabilidade integrada. Onde transporte, arquitetura, energia e qualidade de vida fazem parte do mesmo sistema.
Quer entender como uma crise do petróleo transformou Copenhague em referência global … e o que o Brasil pode aprender com isso?
Assista ao vídeo completo:
Sustentabilidade não é tendência.
É o novo sistema operacional das cidades que querem prosperar, com menos desigualdade e mais propósito
Notícia
Yili Group acelera a liderança global com inovações em alimentos funcionais e metas climáticas ambiciosas

Créditos: ANTARA News
O Yili Group, maior empresa de laticínios da Ásia e uma das cinco maiores do mundo, está consolidando sua posição como referência global em sustentabilidade e inovação nutricional. Com crescimento superior a 30% ao ano e presença em mercados estratégicos da Ásia, Europa e Oceania, a empresa chinesa vem se destacando por integrar tecnologia, saúde e responsabilidade ambiental de forma consistente e estratégica.
No World Dairy Summit 2025, a Yili foi reconhecida com duas vitórias e cinco indicações no prêmio global de inovação da Federação Internacional de Laticínios (IDF), destacando-se em categorias como nutrição de precisão e formulações voltadas para saúde óssea e controle de peso.
Sustentabilidade como diferencial da marca
Além dos avanços em inovação alimentar, a Yili reforça seu compromisso com a agenda climática. A empresa chinesa anunciou que sua pretenção é atingir a neutralidade de carbono em toda a sua operação até 2050, e já colhe frutos de sua estratégia antecipada:
Lançamento do primeiro leite neutro em carbono na China, com certificação de ciclo de vida completo.
Inauguração da primeira fábrica de laticínios com certificação PAS 2060 de carbono zero no país.
Parcerias com fornecedores globais como Tetra Pak e Chr. Hansen para reduzir emissões na cadeia de suprimentos.
Em 2024, a Yili recebeu a classificação MSCI ESG AA, a mais alta do setor, reforçando sua governança e atratividade junto a investidores.
Desafios persistem na execução operacional
Apesar dos avanços, relatórios recentes apontam lacunas importantes na operação da empresa, especialmente no campo ambiental e social. Segundo o World Benchmarking Alliance (WBA), a Yili ocupa a posição 254 entre 350 empresas avaliadas globalmente em sustentabilidade.
O ponto mais crítico está nas emissões de metano entérico (CH₄) **oriundas de mais de 1.500 fazendas associadas ao grupo. A pontuação da empresa em ações ambientais foi de apenas 0,6 em 30, indicando ausência de metas claras e investimentos visíveis em tecnologias de redução de metano, como biodigestores e aditivos alimentares.
Riscos e oportunidades no horizonte
Outro ponto de atenção é a ausência de estratégias públicas de diversificação de proteínas, uma tendência que vem ganhando repercussão globalmente com a fermentação de precisão. Essa tecnologia permite que a produção de proteínas lácteas seja feita sem origem animal. Empresas como a brasileira Future Cow já estão ganhando espaço nesse segmento, o que aumenta a pressão sobre os modelos tradicionais.
Especialistas indicam que, para manter sua liderança nos próximos anos, a Yili precisará acelerar sua transição para incluir proteínas alternativas no portfólio, além de reforçar a transparência operacional e o monitoramento de emissões em sua cadeia produtiva.
Em resumo
A Yili é hoje referência em inovação alimentar funcional e pioneirismo ambiental na indústria de laticínios.
Seu modelo mostra que indústrias tradicionais também podem liderar a transformação sustentável.
No entanto, a distância entre governança estratégica e execução de campo ainda representa um risco para a credibilidade do plano Net-Zero da empresa.
A evolução da Yili é um exemplo estratégico para outros setores, incluindo o da construção civil, sobre como alinhar crescimento, inovação e impacto ambiental de forma mensurável, o que pode acontecer quando essa equação está incompleta.
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