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Memorial da América Latina, Shigeru Ban e Evento Gratuito
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Green Building Day 5
Memorial da América Latina: O Sonho de União Entre os Povos

Poucos lugares em São Paulo carregam um simbolismo tão forte quanto o Memorial da América Latina. Mais do que um conjunto arquitetônico, ele é um manifesto cultural e político que ecoa na história, as lutas e os sonhos dos povos latino-americanos.
Idealizado por Darcy Ribeiro e projetado pelo mestre Oscar Niemeyer, o Memorial nasceu para unir países que compartilham raízes, desafios e uma identidade comum. Mas para entender a grandiosidade desse espaço, precisamos voltar um pouco no tempo e conhecer melhor os homens por trás dessa obra.
O Sonho de Darcy Ribeiro

Antropólogo, educador, escritor e político, Darcy Ribeiro nunca pensou pequeno. Ele foi um dos maiores defensores da cultura e da identidade latino-americana, enxergando a educação e a integração cultural como os pilares para um futuro melhor.
Nos anos 80, Darcy percebeu que, apesar da proximidade geográfica, os países da América Latina estavam divididos por barreiras culturais e políticas. Seu sonho era criar um espaço onde as nações pudessem dialogar, compartilhar conhecimento e valorizar sua própria história. Assim nasceu a ideia do Memorial da América Latina, um lugar que representasse a identidade do continente e celebrasse sua diversidade.
"Mais do que um museu, o Memorial deveria ser um ponto de encontro vivo, um espaço de resistência e cultura para todos os latino-americanos." — Darcy Ribeiro
Oscar Niemeyer e a Arquitetura Como Poesia

Para transformar essa visão em realidade, ninguém melhor do que Oscar Niemeyer. Famoso por sua arquitetura ousada, Niemeyer projetou o Memorial com a mesma fluidez e simbolismo que marcaram suas obras anteriores, como Brasília.
O complexo, inaugurado em 18 de março de 1989, é um espetáculo de formas orgânicas e espaços amplos. Niemeyer queria que as construções dialogassem entre si, criando um ambiente que transmitisse movimento e conexão, um reflexo da própria América Latina.
A “Mão” Ensanguentada – O símbolo mais marcante do Memorial é a escultura de uma mão aberta, com o mapa da América Latina em vermelho, como se estivesse sangrando. Essa obra, também criada por Niemeyer, representa as dores e lutas do continente.
Curvas e espaços abertos – O arquiteto usou grandes praças e formas curvas para incentivar a circulação das pessoas e a troca de ideias.
Concreto e branco – A paleta de cores neutras destaca a grandiosidade das construções e faz referência à sua arquitetura modernista.
O Que Você Encontra no Memorial?
O Memorial da América Latina ocupa 84 mil metros quadrados e é composto por diferentes espaços, cada um com sua função e significado.
Biblioteca Latino-Americana Victor Civita: Uma das mais completas do Brasil sobre cultura e história da América Latina, com milhares de livros, periódicos e documentos raros.
Galeria Marta Traba: Um espaço dedicado à arte contemporânea latino-americana, exibindo desde pinturas e esculturas até instalações interativas.
Auditório Simón Bolívar: Projetado para receber eventos, palestras e apresentações culturais, esse espaço homenageia o líder venezuelano que sonhava com a união da América Latina.
Salão de Atos Tiradentes: Abriga a famosa escultura da Mão e uma chama eterna que simboliza a resistência e a luta dos povos do continente.
Curiosidades
Quando foi inaugurado, o Memorial enfrentou críticas de setores mais conservadores, que viam a proposta de união latino-americana como uma pauta esquerdista, por Niemeyer ter escolhido tons neutros para as construções, destacando o branco como símbolo de unidade, enquanto a cor vermelha da escultura representa o sangue derramado na história do continente.
O Memorial já recebeu festivais de música, feiras gastronômicas e exposições de países como México, Colômbia, Argentina e Chile.
O espaço promove regularmente exibições de filmes de diversos países, incentivando a troca cultural e a valorização do cinema regional.
O Memorial Hoje: Um Espaço Vivo e Necessário
Hoje, mais de três décadas depois de sua inauguração, o Memorial da América Latina continua sendo um dos centros culturais mais importantes do Brasil. Ele mantém viva a missão de Darcy Ribeiro: aproximar os povos latino-americanos por meio da arte, da educação e do diálogo.
A história da América Latina é marcada por desafios, mas também por resistência, criatividade e esperança. O Memorial não é apenas um espaço arquitetônico — ele é um reflexo desse espírito.
E é justamente lá que acontecerá a próxima edição do Green Building Day, desta vez em dois dias de evento. Abrimos uma pré-venda em valor promocional, mas ela encerra já no fim deste mês. Garanta seu ingresso e os bônus imperdíveis que estamos liberando nessa condição exclusiva.
E você, já visitou o Memorial? O que mais te marcou?
Materiais Sustentáveis 2025
Evento Gratuito Começa Nesta Segunda!
Ative o lembrete da aula 1 clicando no vídeo acima
Você sabia que o setor da construção civil chega a responder por mais de 40% do consumo energético mundial, de acordo com o World Green Building Council? Para muitos profissionais, isso sinaliza a urgência de adotar soluções mais inteligentes e menos poluentes.
Mas, afinal, como transformar essa preocupação em prática real?
Nos encontros do “Materiais Sustentáveis 2025”, apresentados em três aulas ao vivo, o conteúdo vai além de conceitos teóricos.
Na primeira aula, são exploradas tendências e oportunidades que mostram por que materiais ecológicos podem diminuir custos operacionais sem perder desempenho.
A segunda aula foca em um passo a passo prático, incluindo metodologias e ferramentas para integrar soluções sustentáveis em projetos de diferentes escalas.
Por fim, a terceira aula discute como fazer a diferença de verdade: de estratégias de liderança no tema a networking com parceiros dispostos a abraçar práticas ecológicas.
A adoção de materiais inovadores, como biomateriais e isolantes de alta performance, nem sempre é simples. Ainda existem barreiras de custo e dúvidas sobre viabilidade, mas relatos de casos bem-sucedidos demonstram que a visão de longo prazo compensa. É possível economizar recursos, reduzir o desperdício e criar edificações mais saudáveis para os ocupantes.
Meu maior aprendizado foi perceber que sustentabilidade não é apenas uma buzzword. Ainda na época em que busquei substituir materiais convencionais por opções renováveis, enfrentei resistência de fornecedores.
Só após apresentar estudos de ciclo de vida e exemplos de obras bem-sucedidas, comecei a conquistar confiança e clientes. Hoje, vejo que a mudança exige persistência, mas também cria oportunidades inéditas para quem se antecipa às demandas do futuro. Você está pronto para reimaginar o que constrói e como constrói?
Inovações em Sustentabilidade
A Arquitetura “De Papel” de Shigeru Ban

Foto por Bridgit Anderson
Você já imaginou morar em um espaço construído com tubos de papel reciclado? Pode soar estranho à primeira vista, mas essa é a realidade inovadora desenvolvida pelo Shigeru Ban, arquiteto japonês que revolucionou a forma como enxergamos materiais de construção. Ele não apenas projeta edifícios; cria soluções sustentáveis que dão esperança a comunidades afetadas por desastres naturais ou conflitos.
Em 1994, durante a crise de refugiados em Ruanda, Ban notou a devastação das florestas locais e se perguntou: “Como abrigar pessoas sem destruir ainda mais o ambiente?”
A resposta veio dos tubos de papel, resistentes, leves e econômicos. Pouco depois, no terremoto de Kobe, em 1995, ele mostrou que a mesma lógica podia transformar caixas de cerveja em moradias provisórias, provando que até objetos comuns podem se tornar lares dignos em situações extremas.
Mas não se trata só de emergências. Em Christchurch, na Nova Zelândia, a icônica Catedral de Papelão de 2013 simbolizou a força de uma comunidade unida após um abalo sísmico. É um lembrete de que a arquitetura tem o poder de regenerar não apenas cidades, mas também o ânimo das pessoas.
O mais impressionante? Essa abordagem rendeu a Ban o cobiçado Prêmio Pritzker. A conquista demonstra que a sustentabilidade pode ser prática, funcional e ao mesmo tempo visionária. Para muitos profissionais, a lição é clara: há formas de inovar sem abrir mão da consciência ambiental.
Seus projetos despertam uma pergunta intrigante: você se imaginaria morando em uma casa de papel? A reflexão vai além do material. Fala sobre imaginar o futuro da construção civil, onde responsabilidade e engenhosidade andam de mãos dadas. O que você acha: até onde podemos levar essa nova forma de construir?
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A cada ano, milhões de prédios continuam desperdiçando energia e recursos. O retrofit sustentável não é apenas uma tendência – é uma necessidade para reduzir custos operacionais e tornar edificações mais eficientes e confortáveis.
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