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Mentoria UGREEN, Cidades Esponjas, A Pegada de Carbono da Internet

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Mentoria UGREEN

Mentoria Arquitetura Sustentável 2.0

A sustentabilidade vem deixando de ser apenas um diferencial — ela é agora a base para criar espaços que geram impacto positivo, regeneram ecossistemas e fortalecem comunidades.

O Oriente Médio já está projetando cidades inteiras com essa visão: planejamentos urbanos como NEOM e Masdar City mostram que resiliência, biofilia e autonomia não são ideias distantes, mas realidades em construção

Agora, você pode aprender esses conceitos e trazer essa forma de pensar para os seus próprios projetos na Mentoria Sustentável 2.0: 4 encontros ao vivo, cada um com 2 horas de duração, unindo prática, teoria e troca entre profissionais que acreditam em uma nova forma de projetar

Datas: 07, 14, 21 e 28 de outubro 

O que vamos explorar!

Durante quatro encontros intensivos, você vai aprender:

  • Novos Paradigmas da Arquitetura Sustentável: da redução de danos ao impacto positivo.

  • Natureza como Aliada: biofilia, biomimética e inovação no design.

  • Arquitetura com Impacto Social: cocriação e comunidades vivas.

  • Arquitetura do Futuro: resiliência, autonomia e regeneração contínua.

No final, você e outros participantes irão construir coletivamente o Manifesto da Arquitetura Sustentável 2.0, reunindo aprendizados e diretrizes para o futuro da profissão.

As vagas são limitadas! Clique no link e increva-se agora para garantir sua participação nessa jornada transformadora.

Notícia

Cidades-Esponja: Uma Ideia Simples Que Pode Salvar Cidades

Crédito: Ric

Já reparou como muitas cidades tratam a água da chuva como um inimigo? Canalizamos, desviamos, bombeamos. Mas o que conseguimos com isso? Inundações cada vez mais intensas. Seca nos períodos seguintes. E um sistema urbano que entra em colapso diante das mudanças climáticas.

Agora, um novo modelo está ganhando espaço no mundo: a cidade-esponja. 

O que é uma Cidade-Esponja?

Uma cidade-esponja não tenta afastar a água. Ela acolhe. Ela usa a própria paisagem urbana — ruas, telhados, parques — para absorver, filtrar e armazenar a água da chuva.

Isso significa:

  • Menos enchentes e danos.

  • Reabastecimento dos lençóis freáticos.

  • Mais áreas verdes e qualidade de vida.

  • Infraestrutura que colabora com o clima, e não contra ele.

De Pequim a Copenhague, de Curitiba a Seattle

O conceito surgiu na China, após uma enchente devastadora em Pequim. Hoje, cidades como Wuhan, Copenhague e Seattle mostram que infraestrutura verde — como jardins de chuva, telhados verdes e parques alagáveis — funciona melhor, custa menos a longo prazo e oferece benefícios múltiplos.

Curiosamente, muitas dessas soluções já existiram em comunidades tradicionais ao redor do mundo. O que está mudando agora é a escala e a urgência.

E por que isso importa para todos nós?

Porque ninguém está imune à crise climática.

Seja você arquiteto, engenheiro, urbanista, estudante ou cidadão comum, a pergunta é a mesma: Sua cidade absorve água ou expulsa?

Estamos em um ponto de inflexão. Podemos seguir pavimentando tudo e esperando a próxima tragédia.

Ou podemos aprender com a natureza e transformar nossas cidades em sistemas vivos, resilientes e adaptáveis.

Opinião

A nova obra invisível: Quem está calculando a pegada de carbono da internet?

Créditos: Projeto Colabora

Enquanto profissionais da construção buscam certificações verdes, reduzem o uso de cimento e escolhem materiais de menor impacto, há uma infraestrutura invisível crescendo sem controle - e consumindo energia como uma cidade inteira.

Estamos falando da internet que usamos todos os dias: datas centers, inteligência artificial, blockchain, cloud computing … tudo isso tem um custo ambiental real e muitas vezes ignorado.

A ilusão da leveza digital

O discurso dominante associa o digital à sustentabilidade: menos papel, menos transporte, menos deslocamento. Mas esse discurso ignora que a energia que antes estava nos escritórios e impressoras agora está sendo sugada por data centers, redes e servidores.

O problema é que essa energia muitas vezes vem de fontes fósseis, e seu consumo cresce de forma exponencial. E mais: a cadeia de produção de dispositivos eletrônicos (de smartphones a roteadores) é intensiva em recursos naturais e gera volumes gigantescos de lixo eletrônico. Estamos, na prática, terceirizando o impacto ambiental para outro setor - e fazendo de conta que ele não existe.

Data Centers: os novos megaconsumidores de energia

Com o crescimento do tráfego digital, os data centers se tornaram verdadeiros “países energéticos”. Em 2022, consumiram 415 TWh (Terawatt-hora) — equivalentes a toda a eletricidade usada na França. E as projeções assustam:

  • Até 2026: até 1.050 TWh, quase o consumo do Japão.

  • Até 2030: 21% da energia global pode ir só para manter a internet funcionando.

Estudo de caso: Irlanda

A Irlanda virou hub global de data centers. Mas o sucesso trouxe consigo um dilema: em 2023, eles consumiram 21% de toda a eletricidade do país. Resultado? O governo impôs uma moratória até 2028 para novos projetos em Dublin, para proteger a estabilidade da rede.

O principal vilão? O resfriamento. Manter os servidores refrigerados representa entre 25% e 40% do consumo total de um data center. Ou seja, a internet depende de muito ar-condicionado.

IA e Blockchain: Inovação com sede de energia

A Inteligência Artificial está transformando setores inteiros — inclusive a construção civil. Mas seu impacto ambiental é enorme.

O treinamento do modelo GPT-3, por exemplo, consumiu o equivalente à energia de 1.450 casas americanas em um mês. E uma simples pergunta ao ChatGPT consome cerca de 0,3 Wh - dez vezes mais que uma busca no Google.

Já o Blockchain, especialmente no modelo Proof-of-Work (sado pelo Bitcoin), tem um custo ainda mais alarmante. Cada transação pode emitir CO2 equivalente a uma viagem de carro de até 2.600 km.

A boa notícia? Tecnologias mais eficientes estão surgindo. O Ethereum, por exemplo, reduziu seu consumo em 99% ao adotar o modelo Proof-of-Stake. O caminho é possível, mas exige decisão e regulação.

O peso escondido do hardware e do lixo eletrônico

Toda essa infraestrutura digital depende de dispositivos físicos — e produzir hardware é um processo sujo e extrativista.

  • Minerais raros, extração em larga escala, produtos tóxicos e alto consumo de água.

  • Apenas 20% do lixo eletrônico global é reciclado corretamente.

A obsolescência programada e a multiplicidade de padrões (como carregadores diferentes para cada marca) agravam o problema. Uma medida simples e eficaz foi adotada pela União Europeia: a obrigatoriedade do USB-C a partir de 2024. Um exemplo claro de como políticas públicas podem sim conter o desperdício.

Créditos: Earth.Org

O que já está sendo feito — e o que falta

Algumas gigantes da tecnologia estão agindo:

  • Google quer operar com 100% de energia livre de carbono 24/7 até 2030.

  • AWS tem como meta ser “positiva em água” e hoje já tem data centers com PUE (eficiência energética) de 1,04.

  • Contratos de energia limpa de longo prazo (PPAs) estão se tornando padrão no setor.

Mas só as big techs agirem não basta. É preciso que o mercado todo — inclusive o da construção — entenda que sustentabilidade digital também é sua responsabilidade.

Reflexão final:

A internet, a IA e a nuvem vieram para ficar. Mas precisamos repensar sua infraestrutura, seu consumo e seu descarte com o mesmo rigor com que avaliamos um edifício verde ou uma cidade inteligente.

O futuro é digital. Mas ele só será sustentável se também for responsável!

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