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Mentoria UGREEN, SmartFlower, Economia Circular 2.0

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Mentoria UGREEN

Faltam poucos dias: sua chance de transformar projetos em impacto real começa dia 7 de outubro!

Você já se imaginou projetando espaços que não apenas “não agridem o meio ambiente”, mas regeneram ecossistemas, promovem saúde e criam comunidades mais resilientes?

Essa é a proposta da Mentoria em Arquitetura Sustentável 2.0 da UGREEN — e o primeiro encontro acontece na terça-feira (7 de outubro) da próxima semana.

O que te espera?

Serão 4 encontros ao vivo que unem teoria de ponta, estudos de caso internacionais e ferramentas práticas para aplicar de imediato nos seus projetos. Vamos mergulhar em temas como:

  • Biofilia e Biomimética aplicadas ao design

  • Arquitetura com impacto social real

  • Resiliência e autonomia em edifícios

  • Certificações globais como LEED Zero e SITES

  • Casos inspiradores como Masdar City, The Line e Medellín

Por que participar?

Porque as cidades do futuro estão sendo desenhadas hoje. E profissionais conscientes, preparados e atualizados terão um papel essencial nessa transformação.

Vem que ainda dá tempo!

As vagas estão acabando, então acesse o link e garanta já sua vaga!

Notícia

SmartFlower: energia solar que gera valor além da conta de luz

Crédito: SmartFlower

Nem todo sistema solar é igual. A maioria entrega eficiência energética, retorno financeiro e discrição, e está tudo certo com isso. Mas o SmartFlower propõe outra lógica: unir tecnologia de ponta, design marcante e uma função estratégica de comunicação.

Ao invés de painéis fixos no telhado, o SmartFlower se destaca no ambiente, literalmente!

Como funciona?

O sistema é uma unidade autônoma que se abre pela manhã, segue o movimento do sol durante o dia e se fecha ao entardecer. Esse movimento é possível graças ao rastreamento solar em dois eixos, que mantém os painéis sempre no ângulo ideal em relação ao sol.

Esse rastreamento é o principal responsável por um ganho de eficiência que pode chegar a 40% em comparação com sistemas fixos. Mas há outros elementos importantes no desempenho:

  • O sistema se autolimpa ao fechar, o que reduz perdas por acúmulo de sujeira;

  • Possui resfriamento inteligente, mantendo os painéis mais frios em operação, o que também melhora a produtividade;

  • A instalação leva apenas algumas horas, e o equipamento pode ser desmontado e reinstalado em outro local, algo raro em sistema solares.

Com potência nominal de 2,5 kWp, o SmartFlower entrega entre 3.800 e 6.200 kWh/ano, dependendo da região e da incidência solar.

O custo reflete a proposta

O investimento é alto. Um sistema completo custa entre US$25.000 e US$30.000, o que representa um custo por watt até três vezes maior que o de sistemas convencionais. A garantia da estrutura também é limitada a 5 anos, o que exige atenção.

Em resumo: não é uma solução pensada para quem busca economia máxima ou payback rápido. A proposta aqui é outra.

O SmartFlower é ideal para quem vê a geração de energia também como uma forma de posicionamento — seja estético, institucional ou ambiental.

Aplicações estratégicas

É justamente por isso que o equipamento tem sido adotado por empresas, instituições e projetos residenciais que buscam mais do que funcionalidade.

No Brasil, o Colégio Farroupilha, no Rio Grande do Sul, usa o SmartFlower como parte de sua estratégia de educação ambiental. O equipamento funciona como ponto de interesse no campus como ferramenta pedagógica.

Fora do país, o sistema tem sido usado como recurso de branding em universidades, zoológicos e empresas que desejam tornar visível o compromisso com a sustentabilidade.

Em vez de esconder a tecnologia no telhado, o SmartFlower a transforma em símbolo de marca.

Viabilidade no Brasil

O mercado brasileiro está se tornando cada vez mais receptivo a esse tipo de solução.

Já há representantes nacionais, como a TWSEL em Curitiba, entre linhas de financiamento específicas para energia solar que podem facilitar o acesso ao produto, principalmente para pessoas físicas e jurídicas de perfil mais elevado.

Além disso, algumas cidades como Curitiba oferecem incentivos fiscais municipais, como o Selo Verde, que concede desconto no IPTU para imóveis com tecnologias sustentáveis. Isso pode ajudar a compensar parte do custo inicial.

Conclusão

O SmartFlower não é para todo mundo — e essa é exatamente a ideia.

Ele não compete com sistemas tradicionais no custo por watt, nem pretende ser a opção mais acessível. Seu valor está na combinação de tecnologia, design, portabilidade e impacto visual.

É uma solução que funciona melhor onde a energia precisa, também, comunicar algo: inovação, consciência ambiental, responsabilidade institucional.

Se o seu projeto exige esse tipo de presença, o SmartFlower pode ser o diferencial que você procura!

Opinião

Chegou a hora de projetar com propósito. A mentoria da UGREEN é onde você inicia essa transformação!

Créditos: Krib.bg

Extrair, produzir, consumir e descartar: essa lógica moldou a economia global por décadas. Mas diante da escassez de recursos, da crise climática e do excesso de resíduos, ela já não se sustenta.

A Economia Circular 2.0 propõe algo mais profundo que reciclagem: um redesenho completo dos sistemas produtivos, unindo design inteligente, tecnologia, logística reversa e novos modelos de negócio.

“Desperdício não é inevitável. É uma decisão de design.” 

— William McDonough, coautor de Cradle to Cradle (Do Berço ao Berço)

A economia circular 1.0 foi um começo. A 2.0 é um novo sistema

A primeira fase da economia circular focava no gerenciamento de resíduos. Era reativa, muitas vezes limitada à reciclagem — importante, mas insuficiente.

A Economia Circular 2.0 representa uma mudança de paradigma. Não se trata mais de “gerir o fim”, mas de projetar o início. Produtos, edifícios e sistemas devem nascer com sua próxima vida planejada.

O novo modelo opera sobre quatro pilares sistêmicos:

1. Design para múltiplos ciclos

Produtos e construções precisam ser pensados desde o início para durar, ser desmontados e reconfigurados.

A prática de Design for Disassembly (DfD) — defendida por universidades como TU Delft e aplicada em edifícios modulares na Europa — projeta componentes que possam ser separados e reutilizados com baixo custo e impacto ambiental.

O conceito Cradle to Cradle, desenvolvido por William McDonough e Michael Braungart, vai além da durabilidade: propõe produtos com materiais que retornem à natureza ou ao sistema industrial sem perda de valor. O têxtil Climatex, por exemplo, é biodegradável e livre de tóxicos — e já foi usado em interiores de aviões.

2. Rastreabilidade total dos materiais

Sem visibilidade, não há circularidade em escala.

Empresas como Coca-Cola, Suez, ****e Rolls-Royce utilizam sensores (IoT), blockchain e Passaportes Digitais de Produto para monitorar cada etapa da jornada dos materiais — do berço ao renascimento.

A Comissão Europeia, por exemplo, exigirá que setores como moda e eletrônicos adotem passaportes digitais até 2030, com informações sobre composição, origem e reciclabilidade. Isso não é tecnologia pelo hype — é infraestrutura para a nova economia.

3. Logística reversa como infraestrutura estratégica

A Economia Circular 2.0 exige novos fluxos logísticos — não apenas para resíduos, mas para valor em movimento.

Estudos da Universidade de Lisboa mostram que empresas com cadeias reversas colaborativas conseguiram reduzir seus custos logísticos em até 30% e aumentar o tempo de retorno dos produtos em 50%.

Mais do que cumprir metas ambientais, elas transformaram o que antes era custo em ativo operacional.

4. Modelos de negócio baseados em acesso, não em posse

O modelo “venda e esqueça” está dando lugar ao Produto como Serviço (PaaS). Nele, o cliente paga pelo uso, e não pela propriedade.

Empresas como Samsung, LG, HP e startups como Swapfiets (bicicletas sob assinatura) estão apostando nesse formato. Isso muda o incentivo: agora, o fabricante ganha mais se o produto durar mais.

Na prática, é o contrário da obsolescência programada — é a longevidade programada como diferencial competitivo.

Obstáculos ainda são reais

A União Europeia já deu um passo adiante com o Plano de Ação para a Economia Circular (CEAP) e com regulamentações previstas até 2026. Mas em boa parte do mundo, as empresas só adotam circularidade por obrigação regulatória, não por estratégia.

Segundo a CNI (Brasil), 60% das empresas praticam algum nível de economia circular, mas a maioria se limita à logística reversa imposta por lei, sem visão sistêmica.

No consumo, o desafio também é profundo: estudos conduzidos pela Universidade de Exeter mostram que consumidores dizem preferir produtos circulares, mas a disposição de pagar por eles cai drasticamente quando o conteúdo reciclado é elevado. O “reutilizado” ainda é percebido como “inferior”.

Circularidade exige mudança de narrativa, não apenas de processo.

Por que isso importa agora?

A Agência Europeia do Ambiente calcula que 62% das emissões globais de GEE vêm da extração e produção de bens. Ou seja, não basta apenas descarbonizar a energia — é preciso descarbonizar os materiais.

A economia circular pode evitar 9,3 bilhões de toneladas de CO₂ até 2050, segundo a Fundação Ellen MacArthur e a Material Economics.

Ao mesmo tempo, a transição pode gerar 4,8 milhões de empregos em áreas como manutenção, reparo, logística, software e novos serviços — e do Brasil à Noruega, da Índia ao Canadá.

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