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Nova York implementando natureza na infraestrutura. São Paulo, uma cidade construída acima da lei.
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Notícia
Nova York quer fazer da natureza, parte da sua infraestrutura.

Créditos: Visit the USA
O novo Plano de Biodiversidade de 2025 marca uma virada histórica na forma como as cidades tratam o meio ambiente
Nova York acaba de dar um passo ousado rumo a um novo modelo urbano: um em que a natureza deixa de ser um enfeite e passa a ser tratada como infraestrutura essencial, ao lado de habitação, transporte e energia.
O relatório “Oaks, Our City, and Us”, lançado em outubro de 2025, é o primeiro documento oficial da cidade a propor uma política coordenada de biodiversidade. A iniciativa quer corrigir um desequilíbrio histórico: apesar de ser uma das metrópoles mais densas do planeta, Nova York também é um importante hotspot ecológico, com ecossistemas costeiros, aves migratórias e espécies nativas que sobrevivem entre os arranha-céus.
Biodiversidade como questão de infraestrutura e justiça
O grande avanço do plano é reclassificar a biodiversidade, não mais como um luxo ou uma “decoração verde”, mas sim como uma infraestrutura urbana vital.
Essa mudança de perspectiva tem dois pilares centrais:
Infraestrutura: a natureza urbana deve ser planejada, financiada e gerida como qualquer outro serviço público essencial.
Justiça: o acesso à natureza precisa ser equitativo. Todos os bairros, independentemente da renda, devem ter contato com áreas verdes e espaços de biodiversidade.
Essa visão une argumentos técnicos e sociais: investe-se na natureza não apenas por sua beleza, mas também por sua capacidade de melhorar a saúde pública, mitigar enchentes e reduzir ilhas de calor, além de promover o bem-estar e a equidade.
A proposta de 2%: natureza no centro do orçamento
Um dos pontos mais ambiciosos do plano é a proposta de reservar 2% do orçamento municipal para parques e áreas urbanas.
Hoje, o Departamento de Parques recebe menos de 1%, o que, há décadas, limita a manutenção e a expansão das áreas verdes da cidade. A ideia é institucionalizar o investimento, transformando o cuidado com a natureza em uma obrigação permanente, e não em uma disputa política anual por recursos.
Além disso, o relatório propõe a criação de um Gabinete para a Biodiversidade, uma nova instância de governança que coordenaria dados ecológicos e ações entre as diferentes secretarias municipais.
Um movimento global de cidades pela natureza
O plano nova-iorquino não surge como algo isolado. Ele se inspira em iniciativas de outras cidades líderes, como:
São Francisco, que integra a biodiversidade ao seu plano de ação climática;
Londres, que exige “ganho líquido de biodiversidade” em novos empreendimentos;
Singapura, que estabelece metas mensuráveis, como 1 milhão de árvores até 2030;
Paris, que transforma infraestrutura antiga em corredores ecológicos.
Com o “Oaks, Out City, and Us”, Nova York busca ingressar nesse grupo e exercer liderança subnacional, especialmente em um contexto em que os EUA ainda não ratificaram a Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica.
O desafio agora é político
Mais do que um documento técnico, o plano representa um teste de vontade política.
A pergunta que paira sobre a cidade é simples e poderosa: Nova York está realmente disposta a colocar a natureza no mesmo nível de prioridade que o transporte e/ou a moradia?
Se a resposta for sim, o impacto vai muito além das fronteiras que cercam a cidade. Poderá servir de modelo global de governança ecológica urbana, demonstrando que, mesmo nas maiores metrópoles do mundo, existe espaço (e necessidade) para a vida florescer.
Conclusão
O exemplo de Nova York reforça uma tendência global: sustentabilidade urbana não é apenas plantar árvores, mas redefinir o papel da natureza na infraestrutura das cidades.
Enquanto diferentes países buscam equilibrar crescimento urbano e preservação ambiental, a pergunta que permanece é universal: como nossas cidades — de São Paula a Cingapura, de Nova York a Nairobi — podem tratar a biodiversidade não como um adereço, mas como um direito essencial à vida urbana?
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São Paulo: uma cidade construída acima da lei?

Fonte: Jornal Kapital
São Paulo não cresce como uma árvore. Ela é moldada, ou melhor, produzida por políticas e econômicas que nem sempre seguem as regras do jogo.
Por trás de cada avenida, de cada prédio de luxo, de cada “vazio urbano”, há uma engrenagem poderosa movida pelo lucro e pela influência. Incorporadoras, bancos e agentes públicos formam o que alguns especialistas chamam de uma máquina de crescimento urbano, uma estrutura que, em vez de atender às necessidades da população, responde aos interesses de poucos.
Essa lógica vem de longe. Desde o ciclo do café até os dias de hoje, passando pela industrialização, o regime militar e os planos diretores, a cidade foi sendo formatada para manter o poder concentrado nas mãos de quem domina a terra e sabe como dobrar a lei a seu favor.
Enquanto isso, o impacto recai sobre quem vive nas margens:
Moradia precária;
Longas horas de deslocamento;
Ilhas de calor;
Falta de áreas verdes;
Crescente crise de saúde mental.
Tudo isso tem a ver com como decidimos usar o solo urbano. E mais ainda: com quem tem o direito de decidir.
A pergunta que fica é: estamos construindo cidades para as pessoas ou para o capital?
Mas o que pode mudar?
Uma São Paulo mais justa, sustentável e saudável não depende apenas de novas obras, mas de novos critérios de planejamento urbano, baseados em uso social da terra, retrofit e edifícios, regeneração ambiental e transparência sobre a propriedade.
Mais do que concreto, precisamos de propósito.
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