• UGREEN Brasil
  • Posts
  • NVIDIA usa 100% de energia renovável, Oferta UGREEN, Green IoT: monitoramento ambiental

NVIDIA usa 100% de energia renovável, Oferta UGREEN, Green IoT: monitoramento ambiental

Sua UGREEN News está no ar!

Notícia

NVIDIA atinge 100% de energia renovável em 2025

Créditos: NVIDIA

A NVIDIA, referência global em tecnologia e inteligência artificial, anunciou que atingiu sua meta de operar 100% com eletricidade renovável em seus escritórios e data centers no ano fiscal de 2025 (FY25). Apesar do marco, especialistas apontam que o impacto ambiental dessa conquista é limitado, uma vez que cerca de 98% das emissões de carbono da empresa estão fora do seu controle direto, concentradas no chamado Escopo 3, que engloba a fabricação e o uso de seus produtos.

O anúncio ocorreu em meio ao crescimento exponencial da demanda por computação acelerada, impulsionada pela IA, que elevou significativamente o consumo global de energia. Para analistas ESG (Ambiental, Social e Governança), o grande desafio da NVIDIA (e de outras big techs) é desacoplar o crescimento de receita da escalada nas emissões de gases de efeito estufa.

“A meta de 100% renovável é relevante para a reputação da marca, mas tem baixa materialidade ambiental”, alerta trecho do relatório de análise climática da empresa “O verdadeiro impacto está nos chips … no quanto eles consomem de energia ao serem utilizados por clientes como Google, Amazon e Microsoft.”

Chips mais eficientes como resposta ao gargalo energético da IA

Como resposta a esse desafio, a NVIDIA vem apostando na eficiência energética de seus produtos como a principal alavanca de sustentabilidade. Sua nova arquitetura de chips, chamada Blackwell, promete até 25x mais eficiência energética na execução de modelos de linguagem (LLM) em comparação com a geração anterior.

Esse ganho não é apenas uma questão ambiental, mas também econômica e estratégica. Data centers alimentados por IA estão consumindo entre 100 e 200 MW por ano cada, comparável a fábricas industriais inteiras, o que está criando um gargalo energético global. Tornar os chips mais eficientes é vital para viabilizar a continuidade da expansão da IA.

Energia limpa: “100% renovável” não significa 100% limpa

A meta de eletricidade renovável da NVIDIA, embora louvável, é alvo de questionamentos quanto à sua qualidade climática. A empresa teria utilizado majoritariamente créditos de energia renovável (RECs) com correspondência anual. Uma prática que, segundo especialistas, não garante que a energia consumida seja limpa no momento do uso.

Empresas como Google e Microsoft estão avançando para um modelo mais rigoroso: o 24/7 Carbon-Free Energy (CFE), que exige que a energia limpa seja consumida no mesmo horário e local em que é gerada.

“A diferença entre as duas abordagens é a mesma entre ‘ter saldo positivo no banco’ e ‘ter dinheiro na hora de pagar a conta de luz’”

Compara um consultor climático ouvido pelo relatório.

Escopo 3: o calcanhar de Aquiles da sustentabilidade da NVIDIA

A maior parte da pegada de carbono da NVIDIA (cerca de 6,9 milhões de toneladas de CO₂ em 2025) está no Escopo 3. Isso inclui emissões em cadeia de fornecedores (como a fabricação de chips) e, principalmente, do uso dos produtos vendidos.

A empresa reporta avanços no engajamento com fornecedores, com mais de 80% das emissões da Categoria 1 já cobertas por metas de redução. No entanto, o desafio é estrutural: como empresa fabless (sem fábricas próprias), a NVIDIA depende da ação de terceiros para reduzir sua pegada de carbono.

Pressão dos clientes pode acelerar a transição

Os principais clientes da NVIDIA (como Google, AWS e Microsoft) estão sendo pressionados por suas próprias metas climáticas e investindo bilhões em energia limpa. A tendência é que essa pressão regulatória e reputacional seja transferida para os fornecedores, exigindo padrões mais altos de descarbonização.

Se a NVIDIA não alinhar seu modelo ao padrão 24/7 CFE e não demonstrar validação externa de suas alegações de eficiência, pode enfrentar riscos competitivos e de credibilidade, apontam os analistas.

Conclusão: Vitórias rápidas no operacional, mas desafios reais no produto

A conquista da meta de 100% de energia renovável para operações marca um passo importante para a NVIDIA, mas está longe de resolver seus maiores desafios ambientais.

A sustentabilidade real da empresa dependerá da eficiência energética de seus chips e da capacidade de liderar transformações na sua cadeia de valor.

Para investidores e profissionais atentos ao ESG, o recado é claro: a inovação sustentável precisa ir além do discurso e alcançar o coração do negócio!

UGREEN

Em 3 dias você poderá ter TODOS os cursos UGREEN por um preço único

A Pré-Black Friday UGREEN está prestes a começar — e o LOTE ZERO será aberto nesta quinta-feira, dia 23 de outubro.

Será a maior oferta da história da UGREEN:

Acesso vitalício a todos os cursos UGREEN, em um único pacote.

  • São mais de 30 formações completas sobre Arquitetura Sustentável, ESG, IA, Materiais Verdes e Certificações … com o menor valor que você verá neste ano!

  • Os lotes viram semanalmente, então quem garantir sua vaga o quanto antes, aproveita o melhor preço.

  • Além disso, 10% do lucro será destinado a projetos de impacto socioambiental.

Não desperdice essa chance exclusiva, e já garanta sua vaga!

Opinião

Green IoT: Quando o monitoramento ambiental também precisa ser sustentável

Créditos: TechTalks

Existe uma ironia inquietante em utilizar sensores para preservar o meio ambiente enquanto eles próprios contribuem para a degradação dele.

É nessa tensão que nasce o conceito de Green IoT, uma resposta necessária ao crescimento desenfreado da tecnologia desconectada de sua própria pegada ecológica.

A contradição não pode ser ignorada

A promessa da Internet das Coisas (IoT) é clara: eficiência, automação e dados que transformam a gestão de recursos. No entanto, o setor de tecnologia já projeta até 14% das emissões globais de CO₂ até 2040. Ignorar esse dado é continuar tratando inovação como se ela não tivesse consequências.

A IoT, sozinha, não basta. É preciso que seja verde desde sua concepção, eficiente energeticamente, pensada para durar, projetada para ser reaproveitada ou retornar à natureza sem deixá-la pior.

Sensores autossustentáveis: solução ou utopia?

A tecnologia de Energy Harvesting (EH), que transforma energia do ambiente em fonte elétrica (seja solar, vibracional ou térmica), é muitas vezes vendida como solução mágica. Mas a realidade é mais dura: a energia colhida é frágil, inconstante e exige engenharia precisa para fazer sentido em escala.

Dispositivos como o LTC2588-1, que consomem 1 nanoampere em repouso, são marcos importantes. Mas mesmo a eletrônica mais eficiente será inútil se não estiver integrada a redes igualmente conscientes, protocolos enxutos, comunicação sob demanda, e circuitos que dormem mais do que funcionam.

A sustentabilidade aqui é uma equação sistêmica.

Sustentabilidade não é só sobre energia

Se a conversa se limita apenas ao consumo energético, a discussão está incompleta. Os sensores mais eficientes do mundo, se descartáveis e não recicláveis, apenas trocam um problema por outro.

É justamente no campo que essa falha se revela com mais força. A agricultura de precisão, que se apoia cada vez mais em sensores descartáveis, pode estar criando uma nova leva de lixo eletrônico de baixa visibilidade. A solução passa pelo desenvolvimento de materiais biodegradáveis de verdade … e não apenas pelo marketing verde.

A inteligência artificial não é um extra, é uma necessidade

A transição para um Green IoT viável passa pela automação inteligente. Sistemas que consomem pouca energia precisam de cérebro digital para lidar com a imprevisibilidade da própria fonte energética. Não há como garantir operação estável sem algoritmos que tomem decisões em tempo real sobre quando medir, quando transmitir, e quando simplesmente esperar.

Modelos baseados em aprendizado de máquina já estão ajudando a ajustar o consumo energético de data centers em até 30%. A mesma lógica precisa chegar até o último sensor do campo.

Tecnologia boa se mede em impacto

Existem casos inspiradores. Em São Paulo, sensores de qualidade do ar informam a população em tempo real. No Rio, sensores ajudam a otimizar a iluminação pública. Na agricultura, a redução de até 70% no consumo de água mostra que quando a tecnologia é bem aplicada, ela devolve valor ambiental, e não só dados.

Mas são exceções. A regra ainda é um oceano de sensores mal otimizados, sem plano de descarte e com lógica linear … usar, coletar, jogar fora.

Sustentabilidade não é complemento. É pré-requisito

Há uma armadilha recorrente no setor tecnológico: tratar a sustentabilidade como algo que pode ser adicionada depois, como se fosse um “plus” ou “diferencial”.

Essa visão não se sustenta.

A Green IoT não é uma tendência. É uma exigência ética e técnica. A neutralidade energética (ENO), os materiais circulares e a modularidade do hardware não são inovações, são condições mínimas para continuar operando num mundo finito.

Conclusão

Se a IoT ambiental não for pensada para ser sustentável, ela perde o sentido. Monitorar o planeta gerando mais resíduos, consumindo energia em excesso ou ignorando o fim de vida dos dispositivos é apenas trocar um problema por outro.

Projetos verdadeiramente sustentáveis não se limitam a medir impacto … eles evitam criá-lo.

Reply

or to participate.