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ONU reconhece novas iniciativas de restauração ambiental. Como os Gayborhoods influenciam o futuro das cidades?

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Notícia

ONU reconhece novas iniciativas de restauração ambiental na Austrália, Canadá e África do Sul

Foto: Raimundo Pacco/Mombak

Nairóbi, 4 de dezembro de 2025 - O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) anunciaram a inclusão de três novos projetos na lista de World Restoration Flagships (Iniciativas Emblemáticas da Restauração Mundial).

Os projetos estão localizados na Austrália, Canadá e África do Sul. Eles foram selecionados por integrarem práticas de restauração ambiental em larga escala com a participação ativa de comunidades indígenas e o uso de tecnologia científica.

Austrália | Projeto Reef Builder

O projeto Reef Builder é atualmente a maior iniciativa de restauração marinha da Austrália. Ele é gerido pela organização The Nature Conservancy (TNC) em parceria com o governo federal. A ação foca na recuperação de recifes de ostras e mexilhões, ecossistemas que sofreram redução de 90% desde o século XIX devido à colheita predatória e dragagem de substrato.

Dados técnicos:

  • Área restaurada entre 2021 e 2023: 62 hectares em 13 locais

  • Material utilizado: 98 toneladas de conchas recicladas e 30 milhões de ostras e mexilhões juvenis

  • Empregos gerados: 425 em 51 pequenas e médias empresas

  • Estimativa de retorno econômico anual: AUD $14 milhões

  • Serviços ecossistêmicos: 125 bilhões de litros de água filtrados e 15 toneladas de nutrientes removidos

  • Aumento de biomassa de peixes: 50 toneladas por ano

A iniciativa foi implementada em colaboração com comunidades indígenas, que participaram da nomeação dos recifes e da gestão territorial. Entre os povos parceiros estão Kabi Kabi, Whadjuk Noongar, Yuin, Gunaikurnai e Bunurong. Cada local de restauração está vinculado a práticas tradicionais de manejo e monitoramento ambiental.

Canadá | Iniciativa Respectful Returns

A iniciativa Respectful Returns, em operação desde 2010, é coordenada pelo Parks Canada e realizada em regime de cogestão com diversas Nações indígenas. O objetivo principal é restaurar habitats de salmão e reconectar cursos d’água fragmentados em sete parques nacionais, tanto na costa do Pacífico quanto do Atlântico.

Dados técnicos:

  • Área restaurada: 65.000 hectares

  • Rios conectados: 228 km de cursos d’água

  • Populações de salmão em recuperação em 6 dos 7 locais monitorados

  • Empregos diretos criados: mais de 100

  • Parcerias institucionais: 32 organizações comunitárias e 3 universidades

A metodologia aplicada combina ferramentas de mapeamento por drones, monitoramento biológico e o princípio de Etuaptmumk (“Two-Eyed Seeing”), que valoriza simultaneamente o conhecimento científico e os saberes indígenas. As comunidades envolvidas incluem Nuu-chah-nulth, Haida, Mi’kmaq e outras.

África do Sul | Movimento de Restauração do Thicket

Na África do Sul, o Thicket Restoration Movement atua na província do Cabo Oriental com foco na restauração do bioma Albany Thicket, uma vegetação semiárida impactada por décadas de sobrepastoreio. O consórcio responsável envolve ONGs (como a Living Lands), empresas do setor privado (como a AfriCarbon) e órgãos governamentais.

Dados técnicos:

  • Meta de restauração até 2030: 800.000 hectares

  • Área sob manejo ou restauração em 2025: 310.000 hectares

  • Capacidade de sequestro de carbono da planta Spekboom: 15,4 tCO₂/hectare/ano

  • Projeção de captura de carbono anual: até 8 milhões de toneladas

  • Financiamento por créditos de carbono: padrões VCS e CCB

  • Empregos diretos gerados: mais de 1.000

  • População beneficiada indiretamente: cerca de 2 milhões de pessoas

A Spekboom (Portulacaria afra), planta dominante do bioma, é usada por sua eficiência no sequestro de carbono em ambientes semiáridos. A iniciativa opera em terras com presença histórica dos povos Khoi-San e colabora com projetos de conservação de megafauna local, como elefantes e rinocerontes negros.

Contexto e relevância

A seleção dessas três iniciativas reforça uma tendência de projetos que associam restauração ambiental em larga escala, impacto socioeconômico direto e integração com comunidades locais.

Em todos os casos, as ações são planejadas para gerar benefícios ecológicos mensuráveis, fortalecer economias regionais e respeitar os direitos e conhecimentos dos povos originários.

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Vídeo

Como bairros LGBTQIA+ influenciam o futuro das cidades

Nas últimas décadas, alguns bairros passaram de zonas esquecidas pelo mercado a centros criativos e altamente valorizados. Esses lugares, conhecidos como Gayborhoods, abrigam uma grande concentração de pessoas, comércios e instituições LGBTQIA+. O que começou como um refúgio, aos poucos virou um ativo imobiliário.

Por trás da estética vibrante e da vida cultural intensa, há um processo silencioso: a gentrificação. Com a chegada de moradores com maior poder de compra, os aluguéis sobem, os comércios mudam e antigos residentes são empurrados para fora.

Esse fenômeno foi registrado em cidades como São Francisco, Nova York, Berlim e São Paulo. Em muitos casos, a valorização desses bairros se baseia na imagem da diversidade. Mas essa mesma valorização pode apagar as pessoas que construíram aquele espaço.

Em São Paulo, por exemplo, a região da Frei Caneca foi incorporada pelo mercado como símbolo de consumo moderno. Já o Largo do Arouche, no centro, enfrenta tentativas de “revitalização” que, segundo coletivos locais, correm o risco de excluir a população LGBTQIA+ mais vulnerável.

A transformação urbana precisa ser repensada. Sustentabilidade não é apenas ecológica. Ela também deve garantir permanência, acesso e justiça social.

Uma alternativa possível está nos modelos de uso coletivo da terra, como os Community Land Trusts. Esses projetos retiram imóveis do mercado tradicional e colocam a gestão nas mãos da própria comunidade, criando proteção contra a especulação e o deslocamento.

Quer conhecer mais sobre o impacto dos Gayborhoods?

Confira o vídeo completo sobre o tema e entenda como esses bairros funcionam, por que surgem, como se transformam e o que isso diz sobre o futuro das cidades!

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