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Pattern Book, UGREEN, Alumínio de baixo carbono da Mercedes-Benz

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Conheça o “Pattern Book” que une design, sustentabilidade e velocidade

Créditos: NSW Government

Enquanto governos em todo o mundo lutam para equilibrar acesso à moradia e qualidade arquitetônica, o estado de New South Wales (NSW), na Austrália, acaba de lançar uma medida que promete redefinir o futuro urbano: o NSW Housing Pattern Book.

A iniciativa pública (inédita em escala e ambição) combina eficiência regulatória, sustentabilidade obrigatória e excelência arquitetônica, oferecendo projetos pré-aprovados e certificados por apenas 1 dólar australiano.

Uma nova arquitetura de política pública

O programa vai além de apenas ser um catálogo: trata-se de uma inovação regulatória que transforma o processo de aprovação em um mecanismo de incentivo à qualidade. Projetos baseados no Pattern Book ganham acesso a um fast-track de 10 dias úteis, uma velocidade quase inédita em trâmites urbanísticos, desde que cumpram exigências de design e sustentabilidade rigorosas.

Em troca da agilidade, o governo garante:

  • Padrões arquitetônicos curados por escritórios premiados (como Sam Crawford Architects e Carter Williamson).

  • Desempenho térmico mínimo de 7 estrelas NatHERS e certificações BASIX.

  • Designs adaptáveis a diferentes lotes, mas protegidos por um sistema de verificação (DVS) que impede simplificações que comprometam a qualidade.

Sustentabilidade como Lei, não como opção

Cada projeto inclui diretrizes de eficiência energética e design passivo, com ventilação cruzada, beirais profundos, uso de materiais duráveis e estrutura totalmente elétrica. O paisagismo sustentável também é mandatório: o governo fornece um “Landscape Pattern” gratuito com espécies nativas, incentivando a biodiversidade e resiliência climática.

Assim, o Pattern Book não reduz apenas o tempo de construção, ele eleva o padrão de sustentabilidade urbana.

Mais do que casas: um novo paradigma

Ao eliminar o custo invisível da burocracia e substituir incerteza por confiança regulatória, o governo de NSW cria um modelo que muitos especialistas consideram exportável para outros países.

“O Pattern Book resolve simultaneamente o problema de oferta e o de qualidade” — afirma o professor Philip Oldfield, da Universidade de NSW

O verdadeiro valor, porém, não está no preço simbólico de $1, mas na garantia de qualidade e celeridade, uma troca inteligente entre design e velocidade.

Lições para o futuro da habitação

O NSW Housing Pattern Book mostra que políticas públicas podem ser instrumentos de inovação arquitetônica, e não apenas de controle urbano.

Seu impacto imediato está em acelerar o acesso à moradia de qualidade; seu legado, em redefinir como governos e arquitetos colaboram para criar cidades sustentáveis.

→ Em um mundo em crise habitacional, a Austrália pode ter encontrado o modelo de equilíbrio entre estética, sustentabilidade e eficiência que o resto do planeta procura.

UGREEN

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Notícia

O alumínio de baixo carbono que redefine a sustentabilidade automotiva

Créditos: Alcircle

A corrida pela eletrificação transformou a indústria automotiva e trouxe um novo desafio: como reduzir o carbono incorporado (embodied carbon) dos materiais que compõem os veículos elétricos.

Enquanto o escapamento deixa de emitir CO₂, a pegada ambiental migra para a cadeia produtiva.

E é aí que o alumínio entra como protagonista … e também vilão.

O dilema do alumínio: leve, reciclável e altamente carbonizado

O alumínio é essencial para os veículos elétricos. Sua leveza compensa o peso das baterias e melhora a eficiência energética.

Mas sua produção primária tradicional é uma das mais intensivas em energia do planeta, responsável por até 2% das emissões globais de CO₂.

Para uma montadora como a Mercedes-Benz, que mira a neutralidade de carbono em toda a cadeia de valor até 2039 (meta definida na estratégia “Ambition 2039”), continuar utilizando alumínio convencional seria sustentável.

A solução? Reinventar a própria matéria-prima.

O alumínio de baixo carbono: a nova liga da mobilidade sustentável

A Mercedes-Benz firmou uma parceria estratégica com a Hydro, uma das líderes mundiais em alumínio verde.

Juntas, estão implementando duas tecnologias-chave:

  • Hydro REUXA: alumínio primário produzido com 100% de energia renovável (hidrelétrica, solar e eólica), com pegada abaixo de 4 kg CO₂e/kg AI.

  • Hydro CIRCAL: alumínio reciclado premium com no mínimo 75% de sucata pós-consumo, líder mundial em emissões ultrabaixas (~2 kg CO₂e/kg AI).

Nos modelos elétricos EQS e EQE, o alumínio adotado já apresenta uma pegada de apenas 2,8 CO₂e/kg, cerca de 70% menor que a média europeia, um avanço real e mensurável rumo à descarbonização.

O caminho para 2030: inovação de processo e circularidade

Para alcançar reduções de até 90% até 2030, a Mercedes aposta em duas frentes tecnológicas:

  1. Ânodos inertes: uma inovação que promete eliminar totalmente as emissões na eletrólise do alumínio, emitindo apenas oxigênio em vez de CO₂. Esta tecnologia foi desenvolvida pela joint venture ELYSIS (Alcoa + Rio Tinto).

  2. Hidrogênio verde: substituindo o gás natural no processo de fundição e reciclagem, como já testado pela Hydro em suas plantas na Espanha.

Paralelamente, a montadora busca elevar o uso de matérias-primas secundárias (sucata pós-consumo) para 40% até 2033, criando um verdadeiro sistema circular de reaproveitamento de alumínio automotivo.

ESG e governança: sustentabilidade verificada

A montadora alemã exige que todos os fornecedores de alumínio cumpram o padrão ASI (Aluminium Stewardship Initiative), a certificação mais rigorosa do setor.

Esse selo garante não apenas baixa pegada de carbono, mas também responsabilidade social e ambiental ao longo de toda a cadeia de suprimentos, da mineração à montagem final.

Cada lote de alumínio LCA é auditado por terceiros, garantindo transparência e rastreabilidade ESG, uma exigência cada vez mais valorizada por investidores e consumidores premium.

A nova corrida verde entre montadoras de luxo

A Mercedes-Benz não está sozinha nessa corrida:

  • BMW aposta em alumínio solar e aço verde, reduzindo 2,5 milhões de toneladas de CO₂ até 2030.

  • Audi adota o EcoLum (Alcoa) e já opera fábricas neutras em carbono, como a de Bruxelas.

Mas a Mercedes se destaca por implementar de fato o alumínio de baixo carbono em componentes estruturais de alta exigência. Um feito técnico que a coloca à frente em desempenho e governança.

Circularidade como estratégia econômica e climática

Ao apostar em reciclagem avançada e cadeias de circuito fechado, a Mercedes-Benz não apenas reduz emissões, ela protege-se da volatilidade dos preços de commodities e cria resiliência industrial.

No longo prazo, o alumínio de baixo carbono deixa de ser custo adicional e se torna ativo estratégico: energético, financeiro e reputacional.

Conclusão: o luxo sustentável está no DNA dos materiais

O movimento da montadora alemã é mais do que uma mudança técnica, é uma declaração de futuro.

Em um mundo onde a pegada ambiental define a competitividade, o alumínio de baixo carbono pode ser o novo padrão do luxo consciente.

E a transição não será apenas dos motores … mas da própria matéria que compõe os automóveis.

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