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Reforma Pompidou, UGREEN, Materiais sustentáveis na economia
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Notícia
Reforma Pompidou: Um ícone da arquitetura moderna olhando para o futuro

Créditos: Sergio Grazia
O famoso e icônico Centro Pompidou, que reside no coração de Paris, já está oficialmente fechado … mas apenas temporariamente. Em setembro deste ano (2025), o edifício fechou suas portas para uma reforma que irá durar 5 anos, com previsão de conclusão apenas em 2030.
5 anos de reforma para 50 anos de relevância
Inaugurado há quase 50 anos, o Pompidou nasceu com uma visão utópica: ser um espaço vivo, acessível, conectado com a cidade e com as pessoas. A reforma iniciada no mês passado busca justamente recuperar esse espírito. Com um projeto técnico e arquitetônico ambicioso que pretende adaptar o edifício aos desafios contemporâneos.
Esse movimento exige fôlego: o edifício ficará fechado até 2030, com as primeiras intervenções tendo sido feitas no outono europeu em 2024. Embora as reformas já tenham sido iniciadas, o evento que marcou o encerramento de suas atividades temporariamente, chama-se Because Beaubourg, que ocorreu na última semana, nos dias 24 e 25 de outubro deste ano.
Sustentabilidade na prática: Técnica, cultura e responsabilidade
Essa reforma é um exemplo poderoso de como a sustentabilidade vai muito além do uso de materiais ecológicos. Ela envolve três pilares fundamentais:
Técnicas:
Remoção de amianto;
Reforço da segurança contra incêndios;
Aprimoramento da acessibilidade;
Eficiência energética em todo o edifício.
Cultural:
Criação de novos espaços inclusivos (como o Polo “Nova Geração”);
Reconfiguração da Biblioteca Pública (BPI) como espaço flexível e híbrido;
Valorização da circulação, da luz natural e do uso integral do espaço.
Patrimonial
Diálogo com a arquitetura original, respeitando a identidade do Pompidou;
Criação de uma nova esplanada panorâmica;
Preservação e ativação do legado do edifício como polo cultural vivo.
Custo, desafio e cooperação
A reforma está orçada em cerca de 460 milhões de euros (mais de 2,8 bilhões de reais), com apoio substancial do Estado francês. Porém, ainda há uma lacuna de €168 milhões que precisa ser coberta por patrocínios.
O que destaca um ponto crucial: projetos sustentáveis exigem colaboração entre público, privado e sociedade civil.
O Pompidou não para: A cultura em movimento
Durante os cinco anos de fechamento, o Centro Pompidou continua ativo com o programa “Constellation”, que levará parte de seu acervo para exposições ao redor do mundo, incluindo Xangai, Amsterdã, Madri e Filadélfia.
Além disso, será inaugurado em 2026, em Massy (região metropolitana de Paris), o Centre Pompidou Francilien - Fabrique de l’Art, um novo espaço de 30 mil m² voltado à conservação, restauração e difusão cultural.

Créditos: PCA-STREAM
O que podemos aprender com essa reforma?
Essa renovação nos ensina algo essencial: sustentabilidade é planejamento a longo prazo.
Se até um dos ícones da arquitetura moderna entendeu que precisa parar para se atualizar, o que isso diz sobre os nossos projetos, edifícios e cidades?
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Notícia
Materiais sustentáveis devem mover 1,4 trilhão de dólares até 2034

Créditos: Clean Energy Wire
O mercado global de materiais sustentáveis para construção civil vive um momento de expansão sem precedentes. Em 2024, o setor foi avaliado em cerca de US$ 430 bilhões, mas as projeções feitas através de um relatório divulgado em 01 de outubro de 2025 apontam para um salto significativo, chegando a US$ 1,4 trilhão até 2034.
Mais do que um crescimento em volume, o que se observa é uma transformação estrutural na forma de construir. A sustentabilidade, antes tratada como diferencial, passa a ser um requisito técnico, regulatório e comercial. E isso muda tudo: dos materiais utilizados à forma como se mede o desempenho ambiental de um edifício.
As projeções anteriores já eram otimistas, com uma taxa de crescimento anual de 8,5% até 2030. Mas a aceleração observada recentemente sugere que não estamos diante de uma tendência, e sim uma virada de paradigma. A adoção em escala de soluções tecnológicas, o endurecimento das políticas climáticas e a demanda por construções mais eficientes estão reconfigurando o setor.
O que está puxando essa transformação?
Três grandes vetores atuam globalmente como catalisadores desse avanço:
Clima: A emergência climática pressiona governos e empresas a reduzir emissões e aumentar a eficiência energética das construções.
Regulação: Normas mais rigorosas e incentivos fiscais estimulam o uso de materiais com menor impacto ambiental.
Mercado: Compradores e investidores buscam imóveis mais sustentáveis, com menor custo operacional e maior valorização no longo prazo.
Esse conjunto de forças cria um novo cenário: construir de forma sustentável deixa de ser opcional e passa a ser estrategicamente necessário.
Novos materiais, novas possibilidades
O avanço da construção sustentável não está apenas no discurso. Ele se materializa (literalmente) na chegada de novos materiais com alta performance ambiental.
Um exemplo é o Material Alcalinamente Ativado (MAA), também chamado de concreto geopolimérico. Utilizado como alternativa ao cimento Portland, ele já demonstrou reduzir em até 24% as emissões de CO₂ por metro cúbico, com desempenho estrutural semelhante ou superior.
Outras inovações são os Materiais de Mudança de Fase (PCM), que contribuem para a regulação térmica dos ambientes de forma passiva, reduzindo a necessidade de climatização artificial. Estudos mostram que, aplicados corretamente, os PCMs podem manter o conforto térmico em praticamente 100% das horas analisadas, inclusive em habitações de interesse social.
Além disso, cresce o uso de materiais bioinspirados, como o bambu, o adobe e o bioplástico. Sustentáveis por natureza e com baixa demanda energética em sua produção, eles representam um retorno inteligente a soluções ancestrais, agora otimizadas por pesquisas e tecnologia.
Dados, normas e desempenho: a nova base do setor
O fortalecimento das normas de desempenho é um dos pilares dessa transformação. Ferramentas como a Avaliação de Ciclo de Vida (ACV), baseadas nas normas ISO 14040/44, estão se tornando o padrão para quantificar o impacto ambiental de produtos e sistemas construtivos.
Esse tipo de abordagem já é exigido por certificações internacionais como o LEED, o BREEAM e o AQUA-HQE, que vão além da simbologia e se consolidam como selos de valorização de mercado e acesso a financiamento verde.
No Brasil, por exemplo, a ABNT NBR 15575 também incorporou critérios ambientais, exigindo que os projetos considerem impacto, durabilidade e manutenibilidade como parte do desempenho da edificação.
O resultado? A sustentabilidade passa a ser guiada por métricas, não por narrativas.
Iniciativas internacionais mostram o caminho
Diversos países estão se destacando na adoção de estratégias de construção sustentável em escala:
França e Alemanha lideram a regulação sobre carbono incorporado e uso de materiais locais e circulares.
Estados Unidos investem pesado em inovação com empresas como Holcim, Saint-Gobain e Owens Corning à frente.
Singapura integrou critérios de construção verde em toda sua política de planejamento urbano.
Brasil, Chile e Colômbia avançam em marcos normativos e programas de incentivo, apesar dos desafios estruturais.
Cidades como Curitiba, por exemplo, já abrigam edifícios autossuficientes em energia e água, projetando um futuro possível para outras regiões do mundo.
O desafio da escala e a necessidade de políticas inteligentes
Apesar do avanço técnico, a escala de transformação ainda enfrenta obstáculos. O alto custo inicial de tecnologias inovadoras, como blockchain para rastreamento de resíduos ou impressão 3D com agregados reciclados, ainda limita sua adoção em projetos populares.
Além disso, persiste a resistência cultural ao uso de materiais reciclados em muitas regiões. A ausência de regulamentação específica e a falta de inventivos voltados à prevenção do desperdício dificultam o crescimento de práticas mais avançadas, como a demolição seletiva e a rastreabilidade digital dos resíduos.
Governos, empresas e instituições de pesquisa terão um papel decisivo em resolver essas lacunas. Mais do que fomentar o uso de materiais “verdes”, será necessário estimular a performance ambiental comprovada, garantir marcos regulatórios coerentes e incentivar ecossistemas regionais de inovação.
O futuro da construção é regenerativo, ou não será
A construção sustentável deixou de ser um nicho e está se tornando o novo normal do setor. O crescimento projetado para o próximos anos reflete uma transição que já começou e que deve se intensificar com o avanço das metas globais de descarbonização.
Estamos diante de uma janela estratégica para redefinir como construímos. Não apenas com menos impacto, mas com mais inteligência, mais circularidade e mais responsabilidade.
O setor que por décadas foi símbolo de excesso, agora tem a chance de se tornar referência em regeneração.
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